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terça-feira, 30 de novembro de 2010

A conhecida Praça do Município em Lisboa com a tradicional Calçada à Portuguesa

Conhecida por albergar o histórico edifício dos Paços do Concelho da bonita cidade de Lisboa, a Praça do Município é um dos locais históricos da capital Portuguesa.

A Praça, lado a lado com a fantástica Praça do Comércio, brilha com a presença do grande pelourinho e deste Edifício construído na sequência do incêndio que, em 1863, destruiu quase totalmente os anteriores Paços do Concelho, que datavam da reconstrução pombalina da cidade após o grande Terramoto de 1755.

O edifício dos Paços do Concelho é um monumento grandioso, muito alterado desde a sua construção dado os vários pequenos e grandes incêndios a que foi sujeito, com assinaturas arquitectónicas e decorativas de nomes importantes como Domingos Parente da Silva, Calmels, José Luís Monteiro, Columbano Bordalo Pinheiro, Pereira Cão, Malhoa, entre outros.

O edifício é visitável, bastando contactar a Câmara Municipal de Lisboa para tal feito, e rumar a um mundo de beleza e grandiosidade decorativa, naquele que é considerado como um dos mais belos edifícios de administração local do País.
Fotos: Celso Gonçalves

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Tapeçaria citadina de calcário branco e negro na Praça Duque da Terceira - Cais do Sodré (Lisboa)


Inicialmente esta praça, mais vulgarmente conhecida por Cais do Sodré, (recordando uma família inglesa que na época dos descobrimentos se dedicava ao comércio marítimo) era uma das zonas mais "chiques" da cidade.
Espaço arborizado e calcetado com empedrado preto e branco apresenta ao centro a estátua do Duque da Terceira, (grande herói liberal), da autoria de Simões de Almeida.

Em 1928, foi construído o edifício da Estação ferroviária (Estação do Cais do Sodré), e o terminal dos cacilheiros que ligam a cidade à outra margem do Tejo.
Perto desta praça encontra-se o Mercado da Ribeira que foi erigido sobre o antigo Forte de S. Paulo onde existia um mercado projectado em 1882 por Ressano Garcia e que havia sido destruído por um incêndio.
Hoje, além de mercado abastecedor da cidade, é também um Mercado de Flores
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Fotos: Celso Gonçalves

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Um dos miradouros mais emblemáticos da cidade Lisboa - Miradouro de São Pedro de Alcântara

Miradouro situado no topo do percurso do Elevador da Glória, perto de uma das muitas entradas para o Bairro Alto, de onde se tem uma bonita perspectiva sobre o lado leste da cidade de Lisboa, nomeadamente os bonitos bairros da Graça e de São Vicente de Fora e o Castelo de São Jorge.
Junto à balaustrada encontra-se um painel de azulejos com o mapa da cidade representado, ajudando a identificar alguns locais de Lisboa.

As sombras das árvores que rodeiam o Miradouro tornam-no ainda mais agradável, aliadas aos confortáveis bancos para melhor usufruir da vista agradável.
As melhores perspectivas surgem ao fim do dia, quando as luzes de Lisboa se acendem e a encosta do castelo se ilumina.
À noite o miradouro é um popular ponto de encontro para os jovens lisboetas, que muitas vezes aqui se concentram para seguir viagem à famosa noite do Bairro Alto.

Fotos: Celso Gonçalves

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Rua Augusta um dos principais centros de comércio da Baixa Lisboeta

Esta rua grandiosa do século XVIII que vai desde o magnífico arco triunfal do Terreiro do Paço até ao Rossio foi criada como a principal rua pedestre de compras de Lisboa. É uma rua com um belíssimo trabalho de calçada portuguesa e atrai numerosos vendedores ambulantes de flores e de castanhas e artistas de rua, tornando-a numa das mais coloridas partes da cidade. Junto à Rua Augusta encontrará muitas sapatarias e joalharias em ruas com o nome apropriado: Rua dos Sapateiros, Rua da Prata e Rua do Ouro.

Aqui o estilo original de arquitectura Pombalina pós terramoto de 1755 permanece ainda intacto. As ruas que cruzam com a Rua Augusta estão cheias de lojas interessantes e esplanadas de cafés e restaurantes que servem os muitos turistas. Experimente o marisco fresco e o bacalhau no Concha d’Ouro no número 238 ou tente virar na Rua da Conceição e depois continuar até ao Largo da Madalena e visite a Sé Catedral românica e o Miradouro de Santa Luzia com o seu jardim de buganvílias e vistas deslumbrantes.

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Fotos: Celso Gonçalves

Praça do Rossio, no coração de Lisboa

A mais central e emblemática praça de Lisboa, a Praça do Rossio (normalmente referida simplesmente como Rossio) é onde a maioria dos visitantes se dirige quando chega à cidade. É um bom local para orientar-se quando se começa a descobrir Lisboa e um local conveniente para encontrar-se com amigos. O clássico art deco Café Nicola olha para a praça recentemente restaurada e serve a sua própria moagem de café rico acompanhado de pastelaria diversa deliciosa, que também pode ser provada na pastelaria Suíça. Tente conseguir ver uma peça no Teatro Nacional D. Maria II que foi outrora um palácio da Inquisição e é hoje uma das características principais da praça, albergando algum do melhor teatro que se faz em Portugal e alguns dos mais talentosos actores.

O teatro tem também um café com esplanada que tem aquecedores a gás para que durante todo o ano se possa sentar aqui a ver quem passa. A estátua de Dom Pedro IV (i.e. Dom Pedro I como primeiro imperador do Brasil) ergue-se no topo do seu pedestal com figuras que representam várias virtudes. Muito dizem que a estátua é na realidade do Imperador Maximiano do México que foi assassinado antes de a estátua ser entregue e por isso foi vendida por pouco e exposta como sendo a estátua de Pedro IV. A força desta história perdura mesmo com várias provas a contradizê-la.

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Fotos: Celso Gonçalves

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Rio de Janeiro importa conhecimento de Lisboa para revitalizar calçada portuguesa,"Mar Largo"


O Rio de Janeiro está a importar conhecimento de Portugal para resolver um problema antigo na cidade: a má conservação das calçadas de pedra portuguesa.

O desafio é revitalizar uma profissão que está quase extinta, a de calceteiro.
Os calceteiros são responsáveis pela arte de recuperar e fixar as pedras portuguesas nos passeios públicos.

Neste mês de novembro, cinco mestres portugueses de Lisboa estiveram no Rio de Janeiro para formar uma turma de 20 calceteiros que irão replicar o conhecimento para outros que se querem formar na profissão.

"Podemos dizer que as calçadas portuguesas são um pedacinho de Portugal espalhado pelo mundo", disse à Lusa o fiscal de obras da Câmara de Lisboa, Fernando Fernandes, o responsável que coordena os quatro mestres portugueses que vieram ajudar na formação dos calceteiros brasileiros.

"Essa profissão no fundo é uma arte, a arte de trabalhar a pedra. De facto, é uma profissão que corre o risco de extinção, não só cá no Brasil como em Portugal. É uma arte muito dura pela posição do trabalho e o partir a pedra é um trabalho duro também. Hoje em dia infelizmente não é muito bem remunerado", ressaltou Fernandes.

Segundo o secretário municipal de Conservação e Serviços Públicos da cidade do Rio de Janeiro, Carlos Roberto Osório, a cidade do Rio é "uma grande cidade portuguesa na América do Sul".

Porém, "ao longo dos anos, o Rio de Janeiro foi perdendo a arte de assentamento das pedras portuguesas", destaca Osório.

"Existe uma especialidade, uma técnica que precisa ser recuperada. E o nosso projeto é que nós possamos formar uma nova geração".



Entre as principais vantagens deste tipo de piso, acrescenta Osório, está a facilidade de absorção de água de infiltração, principalmente numa cidade tropical com fortes volumes de chuva, além de não acumular calor pois o calcário de cor branca reflete.

O carioca Gedião Azevedo, de 47 anos, fez parte da primeira turma de calceteiros na década de 90 e hoje está a reciclar o conhecimento. Apesar de não ter nascido português, a sua paixão é pela pedra portuguesa, garante.

"Os meus colegas estão super animados. Em relação ao trabalho, o mestre português mesmo falou que evoluímos muito", disse à Lusa.

"A paixão da minha vida é a pedra portuguesa, não nasci português, mas sou apaixonado pela pedra portuguesa", destaca.

O Rio de Janeiro possui 1,218 milhão de metros quadrados de calçada em pedras portuguesas.

Muitas áreas do Rio são classificadas, como o desenho em curvas do calçadão de Copacabana, criação do paisagista e arquiteto Burle Max, inspirada na obra histórica da Praça do Rossio, em Lisboa, que usa o padrão "Mar Largo".

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Cavaco oferece a decantador de Siza Vieira a Obama, presidente EUA retribui com cópia de tratado de 1840

Lisboa, 18 nov (Lusa) -- O Presidente da República vai oferecer ao chefe de Estado norte-americano um decantador em cristal desenhado por Siza Vieira, enquanto Obama irá oferecer ao seu homólogo uma cópia do primeiro tratado firmado entre Portugal e os EUA, em 1840.

Na habitual troca de presentes que irá ocorrer por ocasião da visita de trabalho que o Presidente norte-americano realiza na sexta-feira a Lisboa, antes do início da Cimeira da NATO, o chefe de Estado português irá dar a Barack Obama um decantador em cristal desenhado pelo arquiteto Álvaro Siza Vieira.

http://aeiou.expresso.pt/

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Siza Vieira vence Prémio Luso-Espanhol de Arte e Cultura


O arquitecto Álvaro Siza Vieira é o vencedor do Prémio Luso-Espanhol de Arte e Cultura deste ano, acaba de anunciar a ministra da Cultura.

“Siza Vieira é uma das referências mais marcantes da arquitectura e da cultura contemporâneas”, realçou a ministra Gabriela Canavilhas, lembrando alguns dos galardões já ganhos pelo arquitecto.

No ano passado, o autor de obras como o pavilhão de Portugal na Expo-98, o Museu de Serralves e o projecto de renovação do Chiado, recebeu a medalha de Mérito Cultural do ministério agora tutelado por Canavilhas. O seu longo currículo de prémios inclui, por exemplo, em 1998, a medalha de ouro de Arquitectura do Conselho Superior do Colégio de Arquitectos de Madri e o prémio Prince of Wales da Harvard University, assim como o Prémio Pritzker em 1992, “considerado o maior prémio mundial de arquitectura”.

Siza Vieira recebe esta tarde, na Universidade Técnica de Lisboa, o grau de doutor honoris causa.

Para Gabriela Canavilhas, a escolha por unanimidade dos seis membros do júri do nome de Siza Vieira para o prémio Luso-Espanhol “é o reconhecimento público” da contribuição do arquitecto para o panorama artístico e cultural português.

O prémio, que vai já na terceira edição e que inclui um troféu de Fernanda Fragateiro e 75 mil suportados pelos Estados português e espanhol, será entregue na cimeira luso-espanhola que se realizará em Janeiro.

Nas edições anteriores o galardão, que distingue uma personalidade que tenha contribuído significativamente para o reforço dos laços culturais entre os dois países, foi entregue ao poeta e tradutor português José Bento em 2006 e em 2008 ao espanhol Perfecto Cuadrado, professor de Filologia Galega e Portuguesa na Universidade das Ilhas Baleares e tradutor de diversas obras portuguesas para castelhano, incluindo a de Fernando Pessoa.

O júri é este ano constituído, em representação do Estado português, pelo arquitecto Manuel Graça Dias, o escritor João de Melo e a jornalista e escritora Clara Ferreira Alves, e pelo lado espanhol pela arquitecta Fuensanta Nieto, a jornalista Pilar del Río, e o jornalista José Manuel Diego Carcedo.

Pavimento de pedra como Arte


O pavimento de pedra é uma arte com uma longa história.Os Romanos são os mais conhecidos neste tipo de trabalho, tanto no interior de edifícios como no exterior, fizeram com intrincados desenhos, bonitos e coloridos, mas, em Portugal, não foram só os romanos que influenciaram este tipo de trabalho, ocupação Árabe do território , também foi importante para o desenvolvimento das técnicas

Uma das razões mais importantes para este tipo de pavimento foi para evitar que a lama no chão e ruas porque o espaço entre as pedras permite que a água da chuva para ser absorvido, mas existem outras vantagens, como é a durabilidade, a fácil e barato para reparar
O pavimento Português é uma arte decorativa aplicada na maioria das calçadas em todo o país e ex-colónias portuguesas.


Em 1842, o comandante militar, Eusébio Furtado, ordenou aos presos no Castelo de S. Jorge, uma prisão de Lisboa, para cobrir o seu pátio com um zig-zag de azulejos. O delineamento utilizado no andar era um layout simples, mas para a época, o trabalho foi um tanto incomum, tendo dirigido os cronistas potugueses escrever sobre ele e atraiu tanta atenção, não só em Portugal, que foi objecto de um dos primeiras fotografias do mundo por Louis Daguerre.

Sete anos mais tarde, Furtado recebeu uma comissão para preparar toda a área da Praça do Rossio, no centro de Lisboa, com um padrão ondulado conhecido como o "grande mar". Depois disso, o uso de calçadas foi tornada obrigatória para todos os novos projetos de pavimentação na capital Portuguesa.
A calçada rapidamente se espalhou por todo o país e colónias e mestres Portugueses foram convidados a executar e ensinar estes trabalhos no estrangeiro, criando obras-primas em zonas pedonais.

Até o início do século XX, os desenhos foram feitos pelos próprios artesãos, os "calceteiros", que foram inspiradas em motivos tradicionais como esferas armilares, navios, bússola rosas, cordas, cruzes, coroas, estrelas do mar brasões, emblemas, ondas do mar, algas, âncoras, animais estilizados e aves, golfinhos e caranguejos.Nos anos cinquenta mudou e os projetos começaram a ser feitas por arquitetos e artistas.


Os mosaicos exigem trabalho árduo para manter, fazendo com que a arte tradicional dos calceteiros raros e caros. É um trabalho árduo, onde está muito tempo meticulosamente que as pedras em uma posição prostrada.


Em novembro de 1986, a Câmara Municipal de Lisboa criou a Escola de Calceteiros, a fim de renovar a sua equipa de "mestres calceteiros" e promover a arte de pavimentação. Outras cidades em todo o país também iniciaram projetos de formação a fim de formar profissionais, homens e mulheres, na esperança de assegurar a "sobrevivência" de paralelepípedos.

A Calçada Portuguesa na História da Fotografia
Louis-Jacques-Mandé Daguerre (18 de novembro, 1787 - 10 julho de 1851) foi um artista francês e químico, reconhecido pela sua invenção do daguerreótipo processo da fotografia.

Uma de suas fotos representa a primeira "Calçada Portuguesa" No Castelo de S.Jorge, 1842

Praça de Carlos Alberto - Porto


A Praça de Carlos Alberto fica situada na freguesia da Vitória, na cidade do Porto, em Portugal. Nas imediações da Praça de Carlos Alberto fica o TeCA, Teatro Carlos Alberto. História A praça remonta a tempos longínquos e é o resultado de uma bifurcação das velhas estradas que, saindo conjuntamente da Porta do Olival das Muralhas Fernandinas, se dirigiam a Braga (pela actual Rua de Cedofeita) e a Guimarães (pela actual Rua das Oliveiras). No entanto, a mais remota referência conhecida em documento data de 1638, num registo paroquial da freguesia de Santo Ildefonso. Chamava-se Largo dos Ferradores, porque era aqui que se aprontavam as montadas para o caminho que era longo. Era também um local de estalagens. Esta praça também foi conhecida popularmente como Feira das Caixas, porque, numas tendas de marceneiros que havia por aqui, se faziam as caixas para as bagagens que os emigrantes levavam para o Brasil. Pertença da Venerável Ordem Terceira de Nossa Senhora do Carmo, localiza-se nesta praça o edifício do Hospital do Carmo que começou a ser construído em 1791, tendo sido inaugurado solenemente em 8 de Fevereiro de 1801. Em 2004, o Hospital do Carmo foi pioneiro na aplicação de uma nova técnica cirúrgica para a cura da incontinência urinária, denominada invance
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No Largo dos Ferradores, no palacete setecentista dos Viscondes de Balsemão (onde agora está instalada a Direcção Municipal da Cultura da Câmara Municipal do Porto), estava por meados do século XIX instalada a Hospedaria do Peixe, que nesta cidade foi a primeira aposentadoria de Carlos Alberto, rei do Piemonte e da Sardenha, refugiado em Portugal após a derrota na célebre Batalha de Novara, de 23 de Março de 1849. O rei Carlos Alberto acabou por falecer, apenas três meses depois de ter chegado ao Porto, na Quinta da Macieirinha, onde está o actual Museu Romântico. Por isso, recebeu o Largo dos Ferradores, pouco depois, o nome de Praça de Carlos Alberto. Neste espaço se realizou, durante muitos anos, a feira dos criados de lavoura e das criadas de servir. Veio para aqui da Praça da Corujeira. Os moços e as moças vinham dos arrabaldes e aqui ajustavam, com os futuros patrões, as condições de trabalho. Em 1876, a feira de criados foi transferida para a Rotunda da Boavista. A partir de Julho de 1853 e até Fevereiro de 1910, na Praça de Carlos Alberto, para ser mais exacto, à frente da Tabacaria Havaneza, ficava a paragem terminal do veículo da Empreza Portuense de Carros Ripert, um pesado carroção de madeira e ferro, puxado a cavalos, que fazia a ligação diária com São Mamede de Infesta. Desta praça partiu, também, em 12 de Agosto de 1874, o primeiro carro americano do Porto, antepassado directo do eléctrico, na carreira para Cadouços, na Foz do Douro. Já no século XX, a 9 de Abril de 1928, foi inaugurado na Praça de Carlos Alberto o Monumento aos Mortos da Grande Guerra, de autoria de Henrique Moreira, sucedendo a uma estátua anterior que não agradou ao gosto dos portuenses. Em meados do século, mais concretamente no dia 14 de Maio de 1958, cerca de 200 mil pessoas esperam o general Humberto Delgado, candidato à presidência da república, na Estação de São Bento, e acompanham-no até à sua sede de candidatura, na Praça de Carlos Alberto, por cima do Café Luso. É aí que, no seu discurso, exclama: "O meu coração ficará no Porto!" Foi a maior enchente de pessoas jamais vista nesta praça. Integrado nas obras empreendidas pela Sociedade Porto 2001, na Praça de Carlos Alberto construiu-se um grande parque de estacionamento subterrâneo. Ocupando quase toda a área da praça, este parque ficou ligado aos das Praças de Gomes Teixeira e de Lisboa, perfazendo um total de 1.259 lugares de aparcamento no subsolo. O projecto de rearranjo da superfície da praça, da autoria do arquitecto Virgínio Moutinho, que preconizava uma alteração radical à fisionomia vigente, foi muito contestando e acabou por ser abandonado. Em vez disso, optou-se por manter, com poucas alterações, a configuração que a praça tinha antes das obras, com as áreas ajardinadas e a calçada de calcário e basalto, seguindo-se uma proposta mais conservadora do arquitecto Manuel Magalhães . Em 2006, o "Quarteirão de Carlos Alberto" foi a zona seleccionada pela Porto Vivo - Sociedade de Reabilitação Urbana como a sua primeira unidade urbana a reabilitar, num esforço de cativar mais população e comércio para a Baixa do Porto .

Rua de Santa Catarina, Porto

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segunda-feira, 15 de novembro de 2010

O arquitecto alemão que se apaixonou pela calçada portuguesa

Thomas, 29 anos, quis aprender a arte com os melhores calceteiros do mundo. A fama dos mestres lisboetas chegou à Escócia, onde estudava.

"Tens de tirar a fotografia é ao mestre." Quando o fotógrafo o enquadra, Thomas Riese pede para não ser protagonista numa arte que não é a sua: a de calcetar passeios. Mas fica descansado. Jorge Duarte já falou connosco. "Tu é que és o artista hoje", confirma o mestre. "Artista. Não gosto da palavra. Parece que não sabemos o que estamos a fazer", responde Thomas, enquanto se ajeita no banco e retoma a posição: pernas arqueadas e costas curvadas sobre o areão. À sua frente estão alguns metros de calçada portuguesa direitinha, o seu trabalho da manhã. Thomas, o alemão que apareceu na Escola de Calceteiros da Câmara Municipal de Lisboa para aprender a fazer calçada portuguesa, contrasta com o resto do grupo: o mestre Jorge, com o ar épico dos heróis comunistas, Vítor, o surdo-mudo que percebe assobios, e Rui Dias, o Cristo, alcunha ganha pelo desgrenhado das barbas e do cabelo. Thomas contrasta pelo aspecto de alemão - olhos azuis, cabelo e pele claros - e pela juventude dos seus 29 anos. Thomas é o único aluno de Jorge. A escola de Calceteiros existe há 23 anos. Desde 2007 que o mestre não tem a quem ensinar.

A poucos metros da fachada do Palácio da Independência onde o grupo refaz a entrada, está o Rossio, uma das primeiras praças a ser calcetada. Nos passeios, as ondas enchem a praça há 160 anos e as medidas de Thomas desde que é arquitecto paisagista. O gosto pela escultura trouxe-o a Lisboa, porque a fama destes calceteiros chegou à Escócia, onde estudava.

"Disseram-me que aqui se faz a melhor calçada do mundo", diz num português irrepreensível para quem chegou há um mês e meio. E não ficou desiludido. Quando não está a partir pedra, Thomas fotografa passeios, imagina composições e lê. Lê todos os livros que falem de calçada - "tens de ler o livro do Eduardo Bairrada", aconselha Thomas. O livro "Empedrado Artístico de Lisboa" é a bíblia dos calceteiros, o manual que a câmara ofereceu aos alunos da escola nos anos 80.

Aprender a fazer calçada não é um passatempo para Thomas e o mestre certifica o seu talento, enquanto aponta para a fila de quadrados de calcário enterrados no areão. "Está a ver? Eu fiz o do lado direito e ele o esquerdo. Não se nota diferença. Ele gosta disto", diz Jorge que é formador da escola desde 1998. Já lhe passaram dezenas de alunos pela mão. Jorge não diz que Thomas é um dos melhores que já ensinou até porque não é aluno. "Ele vem connosco mas pode ir embora quando quiser", diz.

Mas o trabalho do alemão impressiona-o e o seu empenho também. Thomas cumpre o mesmo horário que os calceteiros - das oito às 18 horas - e aprende a fazer calçada com a mesma rapidez com que passou a falar português. "Ele já faz sextavados [quando as faces das peças formam hexágonos regulares], que é uma das técnicas mais difíceis", assegura o mestre.

Jorge também gosta disto. "Não sou calceteiro de fazer muita calçada, não sou, nunca fui. Quando estou a trabalhar, tenho de fazer como deve ser. E tenho vaidade naquilo que faço. Gosto de investir algum tempo a ver como vou fazer o desenho." Talvez seja por isso que Jorge constrói puzzles nas horas livres. Porque para fazer calçada é preciso escolher bem as pedras, avaliar-lhes o volume e colocá-las no sítio certo. "Sabe qual é a pior coisa para um calceteiro? É ter uma pedrinha assim e calha dar- -lhe um toquezinho e ela desfaz-se." E Jorge parte pedra como quem escreve ao computador todos os dias. Já não precisa de olhar e reconhece o martelo pelo tacto.

Thomas só começou agora, mas não quer deixar fugir a experiência. Até porque no final de Agosto volta para a Alemanha. "Mas ele já andou aí a comprar pedra para levar para lá", conta Jorge. Thomas quer fazer um projecto de um jardim com as pedras que encomendou durante o fim-de-semana, quando foi visitar a pedreira em Leiria.

Depois de Thomas regressar a Colónia, o mestre ficará sem alunos. "E este ano já sabe se vão abrir a turma?" Jorge ainda não sabe de certeza, mas desconfia da resposta que o Instituto de Emprego e Formação Profissional lhe vai dar.

Aprender a partir pedra Entrar na Quinta Conde de Arcos da Câmara Municipal de Lisboa, encaixada no meio da algazarra dos Olivais, é como chegar a um novo tempo. As horas agrupam-se em dois blocos, o da manhã e o da tarde, e correm tranquilas para não importunar o ritmo ditado pela natureza. Foi nestes jardins que tudo começou para Jorge. A escola de calceteiros é aqui.

"Aqui está o 2007", diz o mestre enquanto mexe com o pé nas ervas que nascem entre as pedras da calçada. Os desenhos da última turma foram engolidos pelo jardim que rodeia o passeio de pedra. Aos poucos - depois de vigorosas catanadas -, as ervas desaparecem. Lá está o sete, os dois zeros e ainda o dois: 2007. O último ano em que o mestre Jorge teve alunos.

"Ficou alguém desta turma?"

"Esta malta deste último curso? Não tenho cá ninguém. Um, o Teixeira - que tinha um motão -, é nosso colega. Está aí à noite. É cantoneiro."

Foi o único a ficar na câmara. "Os formandos são um bocado difíceis de captar para esta arte. É dura, apesar de ele ter bom físico", explica o arquitecto José Aparício olhando para Jorge. E bate-lhe no ombro para que não restem dúvidas da dureza do músculo. Confirma-se. O braço é largo e as mãos calejadas, como se espera de quem faz a vida a vestir passeios. "Os mais antigos estão todos com problemas de coluna. Têm de estar de cócoras ou sentados para executar a calçada. Ao fim de uns anos começam a ficar muito desgastados", continua o arquitecto que coordena o curso desde 1986, o ano em que Jorge entrou como aluno.

Dois anos depois, "a 4 de Abril de 1988", lembra Jorge, o mestre, então ajudante de calceteiro, estava já na rua a partir pedra. Começou quando ser calceteiro era uma profissão de muitas categorias - ajudante de calceteiro, calceteiro de 1.a, de 2.a, mestre e batedor. "Eu ainda cheguei a fazer dois ou três concursos. Tínhamos de fazer o desenho, os mestres viam o cascalho... Hoje já não há concursos." As categorias encolheram. "Hoje só há o ajudante, o calceteiro e o batedor", enumera Jorge. É uma ascensão mais rápida numa profissão que poucos querem. Fazer calçada não atrai quem lê os anúncios dos centros de emprego, nem mesmo quando a câmara alicia os desempregados com a promessa de um contrato e um lugar fixo na função pública.
"O que mexe o homem é o dinheiro. Se pagassem melhor, evitava-se que os que aprenderam fujam para outras profissões", sugere o arquitecto. No final de cada mês, Jorge ganha 730 euros, sem descontos, como mestre calceteiro. "A calçada normal que nós fazemos custa 17,20 euros o metro quadrado. Já vi calçadas a dois euros, mas isso são outras empresas", explica Jorge, referindo-se àquelas que a câmara contrata para calcetar a maior parte dos passeios. "O aspecto estético não é o mesmo. Se passar um carro, cria ondas que levantam o pavimento - e lá estão os sapatos das senhoras a ficar presos na calçada", diz. "E sabe uma coisa? Às vezes nem digo que sou calceteiro". Por vergonha? "Não é por vergonha do trabalho... É pelos buracos que os outros deixam."

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Celso Gonçalves

sábado, 13 de novembro de 2010

Especialistas de Portugal dão aulas no Rio sobre pedras portuguesas

08/11/2010 19h36 - Atualizado em 08/11/2010 20h08


Deficiência de mão de obra para os consertos deu origem ao curso.
A turma é formada por 60 calceteiros profissionais.

Do RJTV


O Rio de Janeiro está importando conhecimento de Portugal para resolver um velho problema na cidade: a má conservação das calçadas de pedra portuguesa. A deficiência de mão de obra para os consertos deu origem a um curso, que será dado por cinco mestres calceteiros da prefeitura de Lisboa.

A aula inaugural desse intercâmbio de três semanas aconteceu na tarde desta segunda-feira (8), no Arquivo Geral do Rio, no Centro. A turma é formada por 60 calceteiros profissionais. Mas apenas oito são funcionários da prefeitura.

O objetivo é que, ao fim do curso, eles consigam repassar o que foi aprendido. Os mestres portugueses também vão analisar o estado das calçadas cariocas e vão apresentar sugestões de melhoria.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Praça Rossio - Lisboa

Lisboa é uma cidade antiga e por isso mesmo exala história por qualquer canto que você vá. Ruas, becos, escadarias, vielas, ladeiras, encantam pela originalidade e pelo clima de mistério e magia que envolve a cidade. As ruas, apesar de estarem no ritmo frenético do dia a dia ainda conservam o passado, locais de lutas e revoluções. É uma surpreendente mistura entre o antigo e o novo, tudo em perfeita harmonia.

Um dos locais onde você pode ver essa mistura de história e cotidiano é a Praça do Rossio, o coração da capital portuguesa. A Praça é decorada com a típica calçada portuguesa e é um dos espaços mais antigos e preservados de Lisboa. Ela foi fundada no inicio do século XIII.

A Praça Rossio já foi palco de festivais, touradas e até mesmo de atos da inquisição. Hoje em dia a praça é um local calmo e recebe o vai e vem das pessoas diariamente. Mas ela já foi palco de muitas histórias; é só você olhar para os lados que vai perceber isso.

A própria estátua no centro da praça já esteve envolta em várias lendas. A escultura deveria representar Dom Pedro IV (Dom Pedro I no Brasil), mas duvidas logo surgiram quanto a sua identidade. Dizem que ao invés do monarca português a estatua é do imperador Maximiliano do México. Mas isso é só uma lenda. Autoridades no assunto já confirmaram o legitimo dono da estátua.

Já outra curiosidade da praça é trágica. Em 1506, centenas de pessoas fanáticas religiosas perseguiram os judeus e cristãos-novos em Lisboa. A perseguição tinha como motivação a relação entre essas pessoas e os castigos divinos. Milhares de pessoas foram arrastadas, torturadas e queimadas vivas bem na Praça Rossio.

Para conhecer mais locais interessantes da Praça Rossio, você pode percorrer a Rua do Ouro, projetada por Marquês de Pombal e que abriga bancos e joalherias, daí o seu nome. A direita da praça fica o Chiado, com um ambiente todo literário cheio de livrarias de prestigio e cafés antigos.

http://www.bigviagem.com/praca-rossio-palco-de-acontecimentos-historicos/

Fotos: Celso Gonçalves

Origem

From Wikipedia, the free encyclopaedia

A calçada portuguesa ou mosaico português (também conhecida como pedra portuguesa noBrasil) é o nome consagrado de um determinado tipo de revestimento de piso utilizado especialmente na pavimentação de passeios e dos espaços públicos de uma forma geral. Este tipo de passeio é muito utilizado em países lusófonos.

A calçada portuguesa resulta do calcetamento com pedras de formato irregular, geralmente decalcário e basalto, que podem ser usadas para formar padrões decorativos pelo contraste entre as pedras de distintas cores. As cores mais tradicionais são o preto e o branco, embora sejam populares também o castanho e o vermelho. Em certas regiões brasileiras, porém, é possível encontrar pedras em azul e verde. Em Portugal, os trabalhadores especializados na colocação deste tipo de calçada são denominados mestres calceteiros.

A calçada portuguesa, tal como o nome indica, é originária de Portugal, tendo surgido em meados doséculo XIX. Esta é amplamente utilizada no calcetamento das áreas pedonais, em parques, praças, pátios, etc. No Brasil, este foi um dos mais populares materiais utilizados pelo paisagismo do século XX, devido à sua flexibilidade de montagem e de composição plástica. A sua aplicação pode ser apreciada em projectos como o do calçadão da Praia de Copacabana (uma obra de Roberto Burle Marx) ou nos espaços da antiga Avenida Central, no Rio de Janeiro.